quinta-feira, 7 de julho de 2016

Deputada pede “providências legais” contra professor que tratou sobre homofobia

Deputada pede “providências legais” contra professor que tratou sobre homofobiaRecentemente, Deneir de Jesus Meireles, professor de Biologia do ensino médio do Centro Educacional 6 de Ceilândia, Distrito Federal, pediu que os estudantes de sua turma debatessem em grupo os seguintes temas: homofobia, integração entre gêneros, pansexualidade, relações poliamorosas e transsexualidade.
A situação foi denunciada e chegou ao conhecimento de Sandra Faraj (SD), que é evangélica. Ela enviou um ofício à direção da escola, pedindo “esclarecimentos” e as “providências legais cabíveis”. Contudo, professores e entidades de defesa da educação estão se queixando da interferência da parlamentar na escolha do conteúdo pedagógico.
Para o Sindicato dos Professores, o ofício é uma forma de intimidar e constranger os professores. “O professor tem que ajudar os alunos a entender a sociedade, ele não pode ser cerceado ao tocar em temas importantes da atualidade”, explica Dimas Rocha, diretor da entidade.
O Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal também se manifestou, emitindo uma nota de repúdio. Segundo o documento, “É conhecida a saga da deputada que enviou o ofício, para que os temas de gênero e orientação sexual não sejam discutidos, o que não encontra base legal. O Conselho é afirmativo na necessidade de discussão dos temas de diversidade nas escolas para o estimulo de uma cultura da paz e tolerância”.

Deputada luta pela família

Em seu perfil do Facebook, a deputada afirmou que não será intimidada pelos movimentos de esquerda que a estão criticando. “As escolas não podem transformar as salas de aulas em lugares de formação ideológica de determinada corrente. As escolas devem reforçar o ensino das matérias fundamentais do currículo: a Matemática, a Língua Portuguesa, Ciências, Física, Química… o parlamentar tem o DEVER de fiscalizar a execução das leis e de APURAR denúncias da população”, escreveu.
No mês passado, a Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei nº 137/2015, de autoria de Faraj. Ele obriga todas as escolas da rede pública de ensino fundamental e médio do Distrito Federal a incluírem em seus currículos, como tema transversal, a discussão sobre “valores de ordem familiar”.
Na sessão onde o projeto foi acatado por 17 votos a 7, ela declarou: “Os valores familiares estão ligados ao que cremos e estão acima de convicções ideológicas”. Com informações de Correio Braziliense

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