domingo, 28 de agosto de 2016

Vocês conhecem a Lula Gigante?

Esta lula-gigante está viva!

O que tem oito braços com centenas de ventosas, olhos do tamanho de uma toranja e um bico afiado? Uma lula-gigante! Uma equipe de cientistas e o Discovery Channel registraram imagens deste animal arisco em ação. Veja outras imagens dessa fantástica criatura marinha nesta galeria.


Os primeiros avistamentos de lulas

As lulas-gigantes dominam – e aterrorizam - a imaginação dos marinheiros há séculos. Esta ilustração francesa retrata uma lula-gigante observada em Tenerife, nas Ilhas Canárias, em novembro de 1861.



Funcionários do Serviço de Parques da Tasmânia examinam um lula-gigante que encalhou em Ocean Beach, Strahan, Tasmânia, em julho de 2007.


A lula, de um metro de largura por oito de comprimento, da ponta da cabeça às extremidades dos tentáculos, foi encontrada na costa oeste da Tasmânia.

O monstro do capitão Nemo

O capitão Nemo observa uma lula-gigante a bordo do submarino futurista Nautilus. Seu encontro com o monstro marinho é uma das cenas mais famosas do romance clássico de Júlio Verne, 20 Mil Léguas Submarinas.


A busca pela lula-gigante

O biólogo marinho Steve O'Shea (esquerda) e sua equipe analisam uma lula-gigante que encalhou em uma praia. O'Shea é um dos maiores especialistas do mundo na espécie. Os maiores exemplares que já estudou são animais mortos encalhados em praias.


Uma lula-gigante vem à tona

Uma lula-gigante de sete metros, atraída por uma isca, é içada por uma equipe de pesquisadores japoneses no norte do Oceano Pacífico, em 4 de dezembro de 2006.


Os pesquisadores do Museu Científico Nacional do Japão conseguiram filmar esta lula-gigante ainda viva, 960 quilômetros a sudeste de Tóquio, mas o animal morreu durante o içamento.

Uma lula-gigante no fundo do mar

Em janeiro de 2013, pesquisadores japoneses a bordo de um submarino registraram esta rara imagem de uma lula-gigante em seu habitat no fundo do mar. A equipe acompanhou a lula até 900 metros de profundidade no norte do Oceano Pacífico.


Através de espécimes encalhados nas praias, sabe-se que as lulas-gigantes alcançam 13 metros de comprimento e pesam até 275 quilos.

Olho de lula-gigante

Esta imagem gerada por computador mostra o olho de uma lula-gigante do tamanho de uma toranja.


Seus olhos enormes, cuja estrutura é semelhante à do olho humano, permitem que o animal enxergue na pouca luminosidade de seu habitat nas profundezas do mar.

As incríveis cores das lulas

O que confere o tom verde a esta lula-gigante-de-humboldt? É sua cor natural? É a luz do submarino? Um mecanismo de defesa?


As lulas-gigantes não têm uma coloração fixa, mas mudam de cor com base em muitos fatores, como o ambiente, a atividade e as oscilações de “humor”.

Lula em movimento

As lulas são as mais rápidas entre as criaturas do mar. Elas contam com um sistema de locomoção singular, que combina jato pulsado com o movimento das barbatanas.


O Perigoso Dragão Azul

Um Dragão? você não leu errado, sim é um Dragão, mas ele não cospe fogo nem voa.

Dragão-azul é um dos nomes dados às lesmas do mar da espécie ‘Glaucus atlanticus’. Pertencente ao grupo dos moluscos nudibrânquios, também é popularmente conhecido como frota-azul ou andorinha-do-mar. Estes seres podem ser encontrados em diversas regiões do mundo, mas com mais facilidade em águas europeias, na África do Sul, costa leste da Austrália e Havaí. Esta é a única espécie conhecida do gênero Glaucus.

Com um corpo afilado e achatado, a lesma tem é marcada pela cor azul e possui seis apêndices que se ramificam como raios com tiras prateadas. São seres pequenos, que não passam de 5 centímetros. Muitos deles, geralmente, ficam na média dos 35mm.

O perigo dos dragões-azuis vem da sua capacidade de injetar nematocitos(células urticantes) através da pele humana, por isso são muito perigosos. Apesar da habilidade, principalmente por conta de seu tamanho, o processo é lento. Eles têm vários tipos de presas, mas seus principais alimentos são hidrozoários e a perigosa Caravela-portuguesa (Physalia siphonophore). Ao consumir a caravela essas lesmasarmazenam toxinas e os nematocistos para seu próprio uso. O venenorecolhido fica em sacos especializados localizados nas pontas dos seus apêndices.

Como a maioria das lesmas-do-mar, é uma espécie hermafrodita, apresentando tanto órgãos sexuais masculinos como femininos. Ao contrário dos demais nudibrânquios, o acasalamento não ocorre pela parte direita, mas pela ventral destas lesmas.

Pérolas Negras

As pérolas negras naturais, aquelas que não são cultivadas por fazendeiros que criam ostras em condições perfeitas para a produção de pérolas negras, começam a se formar como uma pérola comum 

A sua formação começa quando um corpo estranho, como um grão de areia, fica preso da concha de uma ostra. A partir disso, o animal detecta o corpo estranho e o cobre com camadas de carbonato de cálcio, como forma de defesa do organismo. A substância vai endurecendo e forma a pérola.


Contudo, as raras pérolas negras, são formadas quando um grão de areia fica preso em um tipo específico de ostra, a Pinctada margaritifera, uma ostra do Taiti que, em vez de ter uma coloração clara como as outras ostras, possui uma listra no seu interior que tem coloração escura. Se a pérola se formar em contato com a listra, o resultado será o objeto negro. No entanto, de acordo com o portal Lifes Little Mysteries, mesmo entre as Pinctada margaritifera, isso é um fenômeno raro, acontecendo uma vez em cada 10 mil.

Fonte: TopBiologia

Verme "Assassino" e Caramujo "Zumbi" ?

Para perpetuar a espécie e garantir a sobrevivência, qualquer espécie luta com todas suas capacidades, mas parece que um verme foi ao limite.


Esse verme é o parasita Leucochloridium paradoxum que entra em um caracol, promove uma transformação física no gastrópode (mesmo grupo das lesmas e nudibrânquios) e o leva a cometersuicídio. Tudo para assegurar a continuidade da espécie. Mas como isso é possível?

Primeiro, um caracol come os excrementos de um pássaro infectado com ovos de Leucochloridium paradoxum. Quando os ovos eclodem, os vermes seguem para os tentáculos oculares da vítima. É possível ver a movimentação dentro do corpo do caracol. Os parasitas, que se parecem com grandes cones inchados e pulsantes, passam a controlar o cérebro de seu hospedeiro. O caracol segue, como se estivesse hipnotizado, em direção às plantas mais altas, em busca da luz (normalmente prefere lugares sombreados). Exposto, ele está condenado.

No topo das árvores, o caracol é facilmente observado. Seus tentáculos pulsanteschamam a atenção das aves como se fossem um letreiro de fast food. A forma dosvermes confundem os predadores que acham que estão diante de uma larva, uma iguaria muito apreciada entre os pássaros.  Quando o caracol é consumido, o parasitaentra no trato digestivo da ave e se desenvolve até a fase adulta. O verme libera os ovos que serão expelidos junto com os excrementos do hospedeiro.

Os ovos caem em uma folha e serão ingeridos pelo caracol que se alimentar dos excrementos da ave infectada. O ciclo de vida do Leucochloridium paradoxumestá completo, e uma nova geração de vermes pode seguir controlando as mentes de caracóis indefesos. 


Ave Venenosa?

Uma ave com veneno? Capaz de injetar toxinas como serpentes? Não mas sim como uma defesa natura. Conheçam o Pitohui: a primeira ave venenosa descoberta pela ciência


Pitohui, a primeira ave venenosa descoberta pela ciência
toxina, presente na pele e nas penas, tem a capacidade de provocar paralisia no corpo dos seres vivos (inclusive nos músculos do coração) e pode causar a morte.

Jack Dumbacher, atual pesquisador da Academia de Ciência da Califórnia, ainda era um jovem recém-formado quando participou de expedição às florestas tropicais da Nova Guiné. Durante uma de suas aventuras pela mata, foi arranhado por uma ave que, por conta de sua coloração diferente na cabeça e pescoço, parecia estar usando capuz.


As várias espécies do gênero Pitohuis
Tratava-se de uma das espécies do gênero Pitohui, primeira ave venenosa a ser cientificamente documentada. A descoberta foi feita pelo próprio Dumbacher, que sentiu na pele os efeitos da toxina do Pitohui. Ao ser arranhado a mão, o pesquisador sentiu dor e, por reflexo, chupou o dedo. Foi quando começou a perceber a boca formigar e queimar e foi avisado por nativos da região de que se tratava de um pássaro venenoso - desconhecido pela ciência.

O pitohui-de-capuz é uma ave canora de colorido brilhante, uma de talvez meia dúzia de espécies relacionadas endêmicas das florestas da Nova Guiné. 

Segundo os cientistas, o veneno do Pitohui está localizado em sua pele e penas. Trata-se de uma toxinachamada de homobatracotoxina, que tem a capacidade de provocar paralisia no corpo dos seres vivos - inclusive nos músculos do coração, podendo causar a morte.

O besouro choresine, é a fonte da neurotoxina que forma a 
defesa química do pássaro contra ectoparasitas e 
predadores naturais – Foto: Tim Laman’s WildlifePhotos
O Pitohui usa a substância para se defender de predadores ou, então, para caçar. O envenenamento acontece quando a toxina entra em contato com a boca, os olhos, as mucosas nasais ou a pele machucada da vítima - que, quase instantaneamente, começa a sentir dormência e paralisia no local.

O mais curioso é que essa característica incomum do pássaro, provavelmente, é resultado da sua alimentação. Os Pitohuis se alimentam, principalmente, de besouros da família Melyridae, que são uma poderosa fonte de homobatracotoxina. O mesmo fenômeno acontece com ossapos da família Dendrobatidae que comem o insetos (formigas principalmente) que possuem alcalóides.

Os cientistas avisam que nem todas as espécies de pitohuis são venenosas - normalmente, as que tem coresmais escuras são mais perigosas. Mas, na dúvida, se encontrar um pássaro desses em uma aventura pela Nova Guiné, mantenha distância.

Natureza Incrível #14 - Já ouviu falar do peixe leão, um invasor dos mares?

Já ouviu falar sobre o Peixe Leão, um invasor dos mares?


No Post de Hoje da Série Natureza Incrível adentraremos o fundo do mar e conheceremos essa criatura fascinante e perigosa, o Peixe Leão.

Também conhecido como Peixe-peru, peixe-dragão, peixe-escorpião e peixe-pedra, o Peixe Leão vem de uma família de grande variedade de peixes venenosos. São conhecidos pelos seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.






Podem viver até 15 anos e seu peso pode chegar aos 200 gramas. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.

 

São nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, entretanto algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.


A aparência intimidadora faz jus ao perigo do animal. Seu veneno é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Possuem geralmente de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais,  cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.




A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são dor intensa localizada seguida de edema no local, podendo fazer a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.

Peixe-leão, um invasor dos Mares:

O peixe-leão chegou ao Caribe e Costa dos Estados Unidos e fez um verdadeiro estrago com seu apetite voraz. Como se alimenta de peixes menores está causando desequilíbrio no ecossistema e se não for combatido, pode até gerar a extinção de outras espécies marinhas.

Esse animal invasor de cerca de 35 cm tem um estômago que pode se expandir até 30 vezes o volume inicial. Além de comer muitos peixes, a espécie se reproduz facilmente e não possui predadores naturais nesses locais.



Além disso, a substância tóxica que pode ser liberada pelo contato com os espinhos das barbatanas dos peixes-leão, torna a espécie um risco para a saúde pública, já que banhistas e pescadores desavisados também podem ser atingidos.
Indícios da invasão do peixe-leão na costa dos Estados Unidos.
Essa ameaça chegou ao Brasil?

Esse vídeo produzido pelo Fantástico explicita bem as ameças desse peixe no mundo e também ao ecossistema brasileiro, confira:


O que fazer?

Ações de controle da espécie têm sido desenvolvidas ao longo dos diferentes países da região onde a presença do peixe-leão existe. Pensar sobre a erradicação total parece improvável, e alguns esforços nesse sentido podem ser extremamente caros e poucos práticos.
No Caribe e nas Bahamas a caça com arpões está sendo praticada como forma de reduzir a população. Embora tenha veneno, o peixe-leão não foge dos predadores - nem mesmo do homem -, o que permite aos mergulhadores chegar bem próximo com o arpão e matá-lo com facilidade. É preciso remover os peixes, mas sem contato direto. Informar as pessoas sobre o perigo de tocá-los também é importante.



As toxinas do peixe podem causar ferimentos graves, por isso, não devem ser pegos com as mãos. É preciso que os pescadores do Amapá e do Pará, ao menos, estejam conscientizados sobre isso para evitarmos acidentes caso a espécie se dissemine no Brasil.

Não há medida preventiva que evite a chegada da espécie, mas esclarecer as populações sobre a necessidade da remoção dela é fundamental. Vale lembrar que a carne do peixe-leão também pode ser consumida após a caça.

Restaurantes das Bahamas servem o peixe-leão como um prato exótico de luxo.
Para evitar a perda de espécies por predação do peixe-leão, as Bahamas, por exemplo, pensaram em uma solução eficiente e inovadora: Após a caça os peixes são vendidos para os restaurantes, que removem os espinhos venenosos e servem o peixe-leão como um prato de luxo exótico, uma solução ecológica e com benefício lateral da proteção da biodiversidade. Basta saber como os biólogos brasileiros trataram de resolver esse problema em nosso país ou se o peixe vencerá essa batalha e prejudicará os ecossistemas brasileiros.





fonte:...tudorocha@...