domingo, 28 de agosto de 2016

Natureza Incrível #14 - Já ouviu falar do peixe leão, um invasor dos mares?

Já ouviu falar sobre o Peixe Leão, um invasor dos mares?


No Post de Hoje da Série Natureza Incrível adentraremos o fundo do mar e conheceremos essa criatura fascinante e perigosa, o Peixe Leão.

Também conhecido como Peixe-peru, peixe-dragão, peixe-escorpião e peixe-pedra, o Peixe Leão vem de uma família de grande variedade de peixes venenosos. São conhecidos pelos seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.






Podem viver até 15 anos e seu peso pode chegar aos 200 gramas. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.

 

São nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, entretanto algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.


A aparência intimidadora faz jus ao perigo do animal. Seu veneno é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Possuem geralmente de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais,  cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.




A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são dor intensa localizada seguida de edema no local, podendo fazer a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.

Peixe-leão, um invasor dos Mares:

O peixe-leão chegou ao Caribe e Costa dos Estados Unidos e fez um verdadeiro estrago com seu apetite voraz. Como se alimenta de peixes menores está causando desequilíbrio no ecossistema e se não for combatido, pode até gerar a extinção de outras espécies marinhas.

Esse animal invasor de cerca de 35 cm tem um estômago que pode se expandir até 30 vezes o volume inicial. Além de comer muitos peixes, a espécie se reproduz facilmente e não possui predadores naturais nesses locais.



Além disso, a substância tóxica que pode ser liberada pelo contato com os espinhos das barbatanas dos peixes-leão, torna a espécie um risco para a saúde pública, já que banhistas e pescadores desavisados também podem ser atingidos.
Indícios da invasão do peixe-leão na costa dos Estados Unidos.
Essa ameaça chegou ao Brasil?

Esse vídeo produzido pelo Fantástico explicita bem as ameças desse peixe no mundo e também ao ecossistema brasileiro, confira:


O que fazer?

Ações de controle da espécie têm sido desenvolvidas ao longo dos diferentes países da região onde a presença do peixe-leão existe. Pensar sobre a erradicação total parece improvável, e alguns esforços nesse sentido podem ser extremamente caros e poucos práticos.
No Caribe e nas Bahamas a caça com arpões está sendo praticada como forma de reduzir a população. Embora tenha veneno, o peixe-leão não foge dos predadores - nem mesmo do homem -, o que permite aos mergulhadores chegar bem próximo com o arpão e matá-lo com facilidade. É preciso remover os peixes, mas sem contato direto. Informar as pessoas sobre o perigo de tocá-los também é importante.



As toxinas do peixe podem causar ferimentos graves, por isso, não devem ser pegos com as mãos. É preciso que os pescadores do Amapá e do Pará, ao menos, estejam conscientizados sobre isso para evitarmos acidentes caso a espécie se dissemine no Brasil.

Não há medida preventiva que evite a chegada da espécie, mas esclarecer as populações sobre a necessidade da remoção dela é fundamental. Vale lembrar que a carne do peixe-leão também pode ser consumida após a caça.

Restaurantes das Bahamas servem o peixe-leão como um prato exótico de luxo.
Para evitar a perda de espécies por predação do peixe-leão, as Bahamas, por exemplo, pensaram em uma solução eficiente e inovadora: Após a caça os peixes são vendidos para os restaurantes, que removem os espinhos venenosos e servem o peixe-leão como um prato de luxo exótico, uma solução ecológica e com benefício lateral da proteção da biodiversidade. Basta saber como os biólogos brasileiros trataram de resolver esse problema em nosso país ou se o peixe vencerá essa batalha e prejudicará os ecossistemas brasileiros.





fonte:...tudorocha@...

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